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Hospital Giselda Trigueiro terá uma ala para abrigar casos graves de coronavírus

31 JAN 2020

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) vai montar no Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas, Zona Leste de Natal, uma enfermaria, com 25 leitos, para o atendimento de possíveis casos coronavírus diagnosticados no Rio Grande do Norte.

Segundo o diretor da unidade hospitalar, André Prudente, a ala designada para o serviço prestará serviço de atendimento semi-intensivo para os casos mais graves da doença. “Se o paciente chegar com a ambulância do Samu, ele dará entrada no hospital, através de uma porta localizada na parte traseira da unidade, sem precisar passar por outros pacientes”, detalhou.

De acordo com a Saúde estadual, o Rio Grande do Norte ainda não registrou casos suspeitos da doença viral. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (31).

Além do Hospital Giselda Trigueiro, unidade de referência no atendimento de doenças infectocontagiosas no Rio Grande do Norte, a Sesap também designou o Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona Norte, para atuar na retaguarda para o tratamento de possíveis doentes;.

Na última quinta-feira (30), a Secretaria Estadual de Saúde publicou um protocolo de atendimento específico para pacientes com suspeita ou confirmação de casos de coronavírus. O documento vai permitir maior rapidez nas ações de notificação e combate da doença.

A pasta definiu que os casos que se enquadrarem na definição de casos suspeitos para o coronavírus devem ser notificados em até 24h pelo profissional de saúde ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/RN).

No entanto, o diretor do Giselda Trigueiro prega cautela à população. Apesar de o Brasil ter o registro de nove casos suspeitos da doença – sendo um deles no estado vizinho do Ceará –, André Prudentes argumenta que não há necessidade de pânico. “Não é preciso haver corrida aos hospitais. Não temos motivo para pânico. É uma doença nova – temos apenas 30 dias da primeira notificação – e muita coisa pode mudar com o tempo, como os protocolos clínicos”, relata.

Além disso, a o fluxo clínico elaborado pela Sesap – as ações que tomadas para os casos de coronavírus nas unidades públicas de saúde no RN – delimitou que apenas os casos graves da nova doença serão levados para internação. Os pacientes que ainda não têm a situação agravada terão permanecer na própria residência em isolamento domiciliar.

“Não há nada o que pode ser feito durante o período de incubação. Se todos que estivermos numa situação de epidemia, com pessoas assintomáticas e aquelas com sintomas forem ao hospital, os casos graves não terão onde ser colocados”, justificou André Prudente.

Autor(a): Saulo de Castro



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