19 NOV 2021
Cerca de 700 mil potiguares enfrentaram o ano de 2020 tendo como única fonte de renda os programas governamentais de transferência financeira.
É o que indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada hoje (19) pelo IBGE, que mostra o nível de dependência da população.
Para o diretor de Inovação e Competitividade da Fecomércio RN, Luciano Kleiber, o crescimento está diretamente relacionado ao aumento do desemprego e à perda generalizada de receitas causada pela pandemia.
Em 2019, 387 mil pessoas recebiam recursos dos programas federais, como o Bolsa Família. Já em 2020, o número saltou para 693 mil, índice inflado pelo Auxílio Emergencial, criado durante a crise sanitária, e representando um crescimento de 36,2%.
"O Rio Grande do Norte, quando comparado os números registrados nacionalmente, ficou abaixo do índice geral, que viu este número saltar de 16,4 milhões para 30,23 milhões (alta de 55,85%)", destaca Kleiber.
Presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz considera que os números reforçam como os programas de transferência de renda são importantes para a economia em momentos de crise. "Esses recursos contribuíram para a diminuição da miséria e, consequentemente, ganho do poder de compra dessa parcela da população, mesmo que extremamente limitado. Sem essas iniciativas, os impactos negativos em âmbitos social e econômico seriam ainda maiores".
Fonte: Fecomércio RN