Política

O Papa pregou a misericórdia. Lula recusa, por conveniência política, a anistia até a inocentes

22 ABR 2025

Foto: Postagens hoje do presidente. Então, Lula?

Será que Lula seguirá o que o Papa Francisco mais pregou: o perdão?


Pois bem! 


Na bula Spes non confundit, que institui o Jubileu de 2025, o Papa Francisco reafirmou um princípio que marcou todo o seu pontificado: o poder transformador do perdão. O texto prevê indulgência plenária inclusive para os detentos.


Para Francisco, justiça não se separa de misericórdia. E é nesse ponto que o contraste com o posicionamento do governo brasileiro se torna inevitável.


O presidente Lula da Silva (PT) tem sido categórico: “não haverá anistia” para os presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro. A esquerda o acompanha nesse discurso com veemência. Não se cogita distinguir entre líderes e seguidores, entre os que arquitetaram e os que foram manipulados, entre os que persistem no crime e os que arrependeram-se. O perdão é tratado como ameaça à democracia, não como instrumento legítimo de reconstrução institucional.


A pergunta que não quer calar: como conciliar a reverência ao Papa com a recusa à sua mensagem mais clara?


A propósito, a imprensa brasileira tem dado destaque à suposta proximidade entre o Papa Francisco e o casal Lula e Janja. Mas quem observa com atenção percebe que essa relação foi, no máximo, protocolar, e por vezes nem isso.


Na visita oficial ao Vaticano, em junho de 2023, por exemplo, Janja ignorou o protocolo da Santa Sé ao não usar o véu preto, peça exigida para mulheres em encontros de Estado com o pontífice. Um detalhe? Talvez. Mas Marisa Letícia, ainda como primeira-dama, respeitou integralmente o protocolo em sua visita anterior. O gesto de Janja simboliza o quanto o respeito à forma pode revelar o conteúdo real de uma relação.


Hoje, Lula presta homenagens públicas ao Papa Francisco, exaltando sua liderança. Mas, diante da coerência entre fé e política que Francisco pregou até o fim, resta o incômodo: o que Lula dirá sobre o legado do Papa? Ou se cobrirá do silêncio cheio de contradições?




Autor(a): BZN



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