A juíza eleitoral Suzana Paula Dantas Corrêa acatou o pedido do Ministério Público Eleitoral e cassou o mandato do prefeito de Assú, Gustavo Soares, e da vice Fabielle Cristina, por abuso de poder econômico durante campanha eleitoral.

A decisão foi no conjunto de cinco Ações de Investigação Judicial Eleitoral. O martelo também pesou sobre "pessoas que integraram a “cúpula política de apoio” ao então candidato e hoje prefeito eleito do município de Assu GUSTAVO SOARES e, nessa condição, realizaram a compra de votos para beneficiar o então candidato em número suficiente para modificar o resultado final do pleito eleitoral de 2020".

Além da perda do mandato e da inelegibilidade por oito anos, "subsequentes às eleições em que o abuso foi verificado", Gustavo Soares também pagará R$ 20 mil UFIRs por pena de multa .

A magistrada considerou que embora Fabielle Cristina "não tenha contribuído para a prática dos ilícitos eleitorais em apuração, mas considerando que a penalidade de cassação do diploma concedido ao candidato ao cargo majoriatário alcança a chapa registrada por completo em razão do princípio da indivisibilidade de tal chapa, fica igualmente determinada a cassação do diploma que lhe foi conferido em decorrência das eleições de 2020".

Em tempo

Assume o cargo de prefeito do município potiguar, interinamente, Francisco de Assis (Solidariedade), até a realização de eleição suplementar.

Em tempo 2

A cassação é favorável no município para a eleição de Fábio Dantas (Solidariedade) e Ivan Júnior (União Brasil), ex-prefeito de Assú, a governador e vice do Rio Grande do Norte nas urnas de outubro. Ponto para o advogado de Ivan Jr., Emanuel Grilo.

Autor(a): Eliana Lima