02 FEV 2024
Que vergonha para a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Logo após as notícias que revelaram a grave situação análoga à escravidão e maus-tratos que duas crianças estavam sofrendo por duas professoras universitárias, que adotaram as meninas no Rio Grande do Sul, a PCRN emitiu nota de repúdio às informações (leia nota abaixo). Em vez de anunciar ações de combate.
Sabe por quê? Porque as professoras são militantes de esquerda. Para se ter ideia, não demorou para eu receber a nota da PC por WhatsApp de esquerdistas. Um dos que me enviaram foi o vereador Robério Paulino (PSOL).
Pois bem
Nesta sexta-feira (2), eis que a própria PCRN informa que cumpriu mandados de prisão contra as professoras por “crimes de torturas, maus-tratos e violência psicológica contra uma criança e uma adolescente”, na casa delas, em um condomínio de luxo em Parnamirim.
A barbárie foi descoberta graças a uma senhora que foi contratada pelas mulheres para cuidar das meninas enquanto as duas curtiam a Europa. E ao Conselho Tutelar, que não escondeu os crimes. A senhora registrou B.O., as ‘mães’ negaram os crimes perante à autoridade policial, mas o laudo pericial do ITEP e de vasta prova testemunhal constataram lesões corporais nas vítimas.
Agora, a vergonhosa nota emitida pela PC no dia que o caso foi denunciado:
- A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA/Parnamirim), esclarece que não participou ou deflagrou operação de resgate de adolescentes vítimas de trabalho análogo à escravidão no bairro Parque das Nações, em Parnamirim, na Grande Natal.
A Polícia Civil do RN reforça mais uma vez que não houve operação e recebeu com surpresa as notícias veiculadas nas redes sociais. O que ocorreu, de fato, foi um registro de Boletim de Ocorrência (BO), em uma cidade do interior do RN, sobre possível crime de maus-tratos contra duas adolescentes.
No momento, não existe comprovação dos fatos noticiados por alguns blogs e portais nas redes sociais. O caso está sendo investigado sob sigilo.
Repudiamos veementemente a exposição das adolescentes, da residência e ainda da profissão e o local de trabalho das investigadas na internet. A instituição é comprometida com a verdade, na proteção das crianças e adolescentes vítimas, bem como com a investigação séria e dentro dos parâmetros da legislação brasileira.
Autor(a): Eliana Lima