Política

Lideranças do PL denunciam “perseguição política” contra Bolsonaro em nota oficial

18 JUL 2025

Foto: Instagram @plj22rn

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, divulgou nesta sexta-feira (18) uma nota oficial em que classifica como “perseguição política disfarçada de ação judicial” a operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação também é assinada por outras lideranças do PL: Carlos Portinho (PL-RJ), Izalci Lucas (PL-DF), o deputado federal Zucco (PL-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Na nota, os parlamentares afirmam que as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de comunicação com diplomatas e com o deputado Eduardo Bolsonaro, e o veto ao uso das redes sociais, “não se sustentam juridicamente” e ferem “princípios constitucionais fundamentais”, como o devido processo legal e a proporcionalidade.

“Não há provas inequívocas de crime. Há, sim, uma escalada autoritária e o uso do aparato judicial como instrumento de repressão política. Trata-se de um movimento perigoso, que ameaça as bases do Estado de Direito e transforma a divergência em delito”, diz o texto. A nota compara a situação atual com episódios do passado envolvendo os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula da Silva, que, segundo eles, não sofreram repressão mesmo após críticas internacionais contra o Judiciário brasileiro.

O texto também critica o que chama de “relativização da corrupção de réus confessos da Lava Jato”, “perdão bilionário de escândalos que drenaram os cofres públicos” e o “avanço do aparelhamento do Estado”. Segundo os signatários, tais fatos são encobertos por uma “cortina de fumaça” gerada por "perseguições políticas seletivas".

A nota termina com um apelo à sociedade para que volte às ruas pacificamente em defesa da Constituição e da liberdade de expressão. "É hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia. Nenhuma toga está acima da lei. Nenhum cargo autoriza a perseguição. Nenhum brasileiro deve ser silenciado por pensar diferente", conclui o texto.

A nota completa está disponível no perfil do senador Rogério Marinho.

Autor(a): BZN



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