Neste fim de semana, integrantes da temida máfia japonesa Yakuza exibem seus corpos tatuados no festival xintoísta (religião nacional do Japão) Sanja Matsuri, no tradicional bairro de Asakusa, em Tóquio.

É um dos poucos eventos públicos no Japão em que os membros exibem suas tatuagens.

Trata-se de uma das cinco máfias mais poderosas do mundo, ao lado da máfia russa, da Cosa Nostra italiana, da máfia italo-americana e das Tríades de Hong Kong.

A Yakuza opera em todo tipo de negócios ilegais, desde jogos de azar a drogas, de prostituição a agiotagem, redes de extorsão e crimes do colarinho branco.

O nome tem origem nos números 8, 9 e 3 (em japonês, ya, ku e sa), que compõem a pior jogada possível de cartas de baralho no Japão. Por isso, seus membros consideram o termo pejorativo e preferem as denominações gokudo (o caminho extremo) ou ninkyo dantai (organização honrada ou cavalheiresca).

Suas origens remontam ao século 17, mas seu auge foi na segunda metade do século 20, com o florescimento do submundo causado pelo vertiginoso desenvolvimento econômico japonês após a 2ª Guerra Mundial.

Em tempo

A sociedade japonesa recrimina tatuagens por relacioná-las ao crime e à marginalidade. No Japão, é proibido exibir tatuagens em piscinas e outros lugares públicos.

Para a Yakuza, simbolizam lealdade ao grupo e resistência à dor, a contar que normalmente são feitas com o método tradicional, com varas de madeira e agulhas, mais lento e doloroso.

Autor(a): Eliana Lima