Política

MPRN denuncia ex-governador e mais 10 pessoas por desvios de R$ 3,7 milhões

17 JUL 2020

Como resultado da Operação Croupier, deflagrada em junho de 2019, o Ministério Público do RN (MPRN) denunciou o ex-governador Robinson Faria e outras 10 pessoas por peculato, entre 2008 e 2010, época em que o RF era presidente da Assembleia Legislativa. A denúncia foi aceita pela 6ª vara Criminal de Natal.
 
De acordo com o MP, a soma de valores de supostas fraudes, corrigidos, supera R$ 3,7 milhões. Dois dos réus também foram denunciados por lavagem de dinheiro.
 
Lupas de investigação indicam que o ex-secretário Administrativo da Assembleia Rodrigo Marinho usou parte do dinheiro desviado para pagar os salários de empregados e insumos do haras turístico Capiba, de propriedade dele, na Grande Natal, informa o MP. 

Ele também é réu no processo da operação Dama de Espadas, deflagrada em agosto de 2015 pelo MPRN, que deu origem à Croupier.
 
Segundo o MP, o esquema funcionava com a inserção de servidores fantasmas na folha de pagamento da AL para desvio. Eram pessoas com grau de instrução baixo que devolviam praticamente todo o salário recebido a Francisco Cardoso, que repassava os montantes para Marinho.
 
Também foram denunciados Karina Cordeiro Cardoso, Maria Helena Cordeiro do Nascimento, Gilmara Dantas do Nascimento, Maria Cristina dos Santos, Luciene Ramalho da Silva Pereira, Lucimara Ramalho da Silva, Sebastião Alves de Oliveira e Maria Juzilene de Oliveira Sousa.
 
Rastros

A operação começou a partir de documentos encontrados na casa de Rodrigo Marinho durante os mandados de busca e apreensão da operação Dama de Espadas.

Lupas foram jogadas em desvios "praticados pelo “grupo de Pirangi do Norte”, distrito de Parnamirim, uma vez que várias pessoas identificadas nos documentos residiam em uma mesma localidade - algumas, na mesma casa", diz o MP. 

Rodrigo era tido como quem controlava e emitia os cheques para pagamento de servidores da AL e fornecedores.

Autor(a): Eliana Lima



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