A Nasa negou qualquer vínculo com a mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, que ganhou projeção nas redes sociais ao afirmar que havia sido escolhida para se tornar “astronauta de carreira”. As declarações da jovem, que também disse participar de uma missão espacial prevista para 2029 por meio da empresa privada Titans Space, foram contestadas pela agência espacial dos Estados Unidos.

Em nota ao portal G1, a Nasa esclareceu que Laysa não faz parte do quadro de candidatos a astronauta, nem recebeu qualquer tipo de treinamento oficial da agência. A jovem já havia alegado, em 2022, que havia concluído um “treinamento de astronauta”, mas o curso citado não é reconhecido como formação válida para missões espaciais.

Segundo a Nasa, os critérios formais para seleção de astronautas incluem a conclusão de mestrado em áreas como ciências, engenharia ou matemática, além de dois anos de experiência profissional e, no caso de pilotos, ao menos mil horas de voo em aeronaves a jato.

Outro ponto controverso é a formação acadêmica da jovem. Laysa afirma ser mestranda em Física Quântica e Computação na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, porém a instituição afirmou não ter registros da estudante brasileira em seus sistemas.

A própria Titans Space confirmou ao G1 que a jovem foi “selecionada”, mas o nome de Laysa não consta entre os membros oficiais da equipe técnica divulgada no site da empresa, que atua no segmento de turismo espacial com pacotes a partir de US$ 1 milhão. A empresa também não possui, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA), autorização para voos espaciais tripulados.

A mãe da jovem informou que ela deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira.

Autor(a): BZN