Ela era o que os cariocas, nos tempos de Ibrahim Sued, chamavam de locomotiva. Mulher bela e de vanguarda. Herdeira da tradicional família carioca Chagas Freitas, Deniela Chagas Freitas optou por morar na tranquilidade de Natal.

Curtia uma vida simples e entre bons amigos, até ser diagnosticada com um câncer no esôfago. Iniciou-se a luta para superar a doença, mas entregou-se nessa terça-feira (16), aos 55 anos. Faria 56 em setembro.

O avô Antônio Pádua de Chagas Freitas, que morreu em 1991, governou o Rio de Janeiro por duas vezes: de 1971 a 1975 (Governos Médici e Geisel) e 1979 a 1983, com João Figueiredo. Era um político habilidoso e populista. 

Época em que a primeira-dama Zoé Chagas Freitas, também locomotiva da alta sociedade do Rio, coordenou a reforma do Palácio Laranjeiras, trazendo de volta o antigo brilho do local. E tornou intensa a programação do Theatro Municipal, com ingressos a preços populares.

Zóe, que morreu em maio de 2015, aos 95 anos, com os netos Matteo e Daniela

Autor(a): Eliana Lima