Nesta terça-feira (5) em que as atenções estão voltadas para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, a notícia vinda de Israel surpreende: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demitiu seu popular ministro da Defesa, Yoav Gallant, sob a justificativa de"lacunas significativas" e uma "crise de confiança" entre os dois. 

Nas redes sociais, Gallant escreveu: “A segurança do Estado de Israel foi e sempre será a missão da minha vida".

Não é a primeira vez que Netanyahu tenta demitir Gallant. Em março de 2023, a tentativa de demissão desencadeou em protestos nas ruas contra o primeiro-ministro. Os dois têm se desentendido repetidamente por causa da guerra em Gaza.

"Em meio a uma guerra, mais do que nunca, é necessária total confiança entre o primeiro-ministro e o ministro da Defesa", disse Netanyahu. "Infelizmente, embora nos primeiros meses da campanha houvesse essa confiança e houvesse um trabalho muito frutífero, nos últimos meses essa confiança se rompeu entre mim e o ministro da Defesa”.

Nos primeiros dias da guerra, a liderança de Israel apresentou uma frente unificada ao responder ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Mas à medida que a guerra se arrastava e se estendia ao Líbano, surgiram diferenças políticas importantes, detalha a ABC News.

Continua:

- Enquanto Netanyahu pediu uma pressão militar contínua sobre o Hamas, Gallant adotou uma abordagem mais pragmática, dizendo que a força militar criou as condições necessárias para, pelo menos, um acordo diplomático temporário que poderia trazer de volta os reféns mantidos pelo grupo militante.

Autor(a): BZN