03 JUL 2025
O Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado neste primeiro sábado de julho, reforça o papel essencial das cooperativas no desenvolvimento das comunidades. Em 2024, apenas no Rio Grande do Norte, os benefícios econômicos gerados pelo Sicredi para os associados somaram R$ 116,1 milhões, com uma média de R$ 4.851 por pessoa.
Os dados são do Benefício Econômico do Sicredi (BES), índice exclusivo da instituição, que traduz em números concretos as vantagens do cooperativismo de crédito em comparação com o sistema bancário tradicional. Com mais de 122 anos de história, o Sicredi tem ampliado sua presença no Nordeste com propostas sustentáveis e acessíveis.
O BES é um indicador que considera ganhos diretos e indiretos dos associados com tarifas mais justas, juros mais baixos em operações de crédito, remuneração de aplicações financeiras, distribuição de resultados e ações de investimentos social e educacional. Só na região Nordeste, os dados de 2024 revelam uma economia de bilhões para os associados, resultado que se reflete no fortalecimento das economias locais.
“Os resultados do BES 2024 refletem um desempenho positivo, especialmente em um contexto desafiador para o cooperativismo de crédito no Brasil. O crescimento do BES demonstra a resiliência das cooperativas e a confiança dos associados em nosso modelo de negócio. Isso é um indicativo de que estamos no caminho certo, promovendo um sistema financeiro mais justo e acessível”, comentou Cleber Zequetto, gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo da Central Sicredi Nordeste.
O impacto do cooperativismo de crédito vai além das finanças pessoais. Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), encomendado pelo Sicredi, confirma que cada R$ 1 concedido em crédito pelas cooperativas movimenta R$ 2,56 na economia. Além disso, são gerados R$ 0,50 em salários, R$ 0,11 em impostos e R$ 1,17 em valor adicionado ao PIB.
Por essa razão, a atuação das cooperativas também tem reflexos em indicadores sociais e educacionais, além dos financeiros. Segundo o estudo, municípios com cooperativas de crédito apresentam redução significativa da pobreza, menos 20,5 famílias por mil habitantes no Cadastro Único, e aumento nas matrículas no ensino superior, com incremento de 3,2 por mil habitantes.
No campo econômico, esses municípios registram aumento de 25,3 empregos formais por mil habitantes e maior estímulo ao empreendedorismo, com mais 3,2 estabelecimentos a cada mil pessoas. “O BES evidencia, na prática, como o modelo cooperativo gera benefícios tangíveis para nossos associados e comunidades. Os recursos gerados não apenas fortalecem a economia local, mas também promovem o desenvolvimento social e sustentável”, acrescentou Zequetto.
No RN, o número de associados ao Sicredi ultrapassa 24 mil, e os resultados do BES reforçam o potencial de transformação local do modelo. Robinson Rodrigues Kokeny, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Nordeste, destaca que os benefícios são percebidos tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. “Essa distribuição permite que realizem ou contribuam para projetos de vida e empresariais, impulsionando a economia local”, explicou.
Para ele, o diferencial do cooperativismo está na lógica de atuação. “O cooperativismo é a junção de esforços em prol de um objetivo comum: desenvolver pessoas e empresas economicamente e socialmente. Enquanto bancos tradicionais buscam gerar resultados para seus acionistas, as cooperativas olham para os associados e para as comunidades onde estão inseridas”, concluiu.
Autor(a): BZN