17 JUL 2023
A jornalista Sayonara Alves foi ao Ministério Público e à Polícia Civil, munida de prints de conversas por WhatsApp e citando testemunhas no caso, denunciar assédio moral e sexual praticado pelo seu então chefe na Escola da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Em nota, a ALRN informa que exonerou o diretor da Escola da Assembleia, “afirma que repudia assédios de quaisquer natureza, ao mesmo tempo em que acompanha com atenção o encaminhamento dos fatos que estão sendo apurados”.
Por meio do Escritório Rocha Pinheiro Advogados, o agora ex-diretor João Maria de Lima emitiu nota:
- É com perplexidade que recebi as acusações imputadas à minha pessoa, veiculadas em blogs na data de hoje.
Sou acometido de inverdades e injúrias construídas a partir de narrativas falaciosas e que não refletem a verdade.
A tentativa de fazer ilações atenta contra a conduta de uma pessoa de
bem.
Minha vida é pautada na dedicação à minha família e à educação, carreira que abracei desde cedo e que consegui desbravar e empreender em todos os projetos a que me propus a fazer.
Sou um homem de te, acredito na justica de Deus, dos homens e na consciência tranquila de quem sempre pauta sua vida no fazer o bem e levar a educação como doação.
Sou o maior interessado na apuração rigorosa dos fatos, e, portanto, já solicitei exoneração do cargo público que exerço em respeito ao compromisso público que sempre mantive.
Farei a minha defesa alicerçado sempre na verdade, e toda manifestação oficial será oportunamente esclarecida dentro dos autos e perante as autoridades, tendo em vista, que ainda não me foi franqueado o inteiro teor das acusações, já solicitadas por meio da minha defesa técnica.
É a nota.
Natal/RN, 17 de julho de 2023
O Sindjorn assinou nota em conjunto com a Fenaj:
- O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (SINDJORN) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) se solidarizam à jornalista Sayonara Alves, colocando toda a estrutura à disposição da Profissional de Comunicação, e ao mesmo tempo pedem rigor e agilidade ao Ministério Público do Estado e a Polícia Civil na apuração das denúncias de assédio sexual, importunação sexual e assédio moral causadas pelo ex-Diretor da Escola da Assembléia Legislativa do Estado, João Maria de Lima.
Na contramão da política social realizada pela própria Instituição Legislativa em combater esse tipo de violência, o ex-diretor da Escola da Assembleia coloca por terra todos os esforços em diminuir os crescentes índices de ataques, feminicídios e barbárie que atingem as mulheres.
Nunca coube, nem caberá, qualquer tipo de atitude como essa em nossa sociedade, que deve ser repudiada por todos nós e punida exemplarmente com os rigores da Lei.
A Assembleia Legislativa toma uma atitude correta em exonerar João Maria Lima, mas é preciso que a Comissão de Mulheres da própria instituição acompanhe de perto todo o andamento das investigações junto ao Ministério Público e Polícia Civil.
O SINDJORN e FENAJ também acompanharão de perto as investigações dos órgãos públicos e fazem o chamamento à Ordem dos Advogados do Brasil, na Comissão da Mulher Advogada, para juntarmos forças no combate a qualquer tipo de violência, principalmente contra as mulheres.
SINDJORN
FENAJ
Autor(a): BZN