Muitos que passam pela Rua Marquês de Fronteira, próxima ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, ou observavam pelas paredes de vidro do El Corte Inglés, ficam se perguntando que bela casa é aquela que se vê imponente.

Nos tempos áureos, foi o Palácio Henrique Mendonça. Trata-se de Henrique José Monteiro de Mendonça (1864-1942), que fez fortuna com café em São Tomé e Príncipe e encomendou o monumental imóvel ao arquiteto Ventura Terra, em 1902, sendo inaugurado em 1909, ano em que recebeu o Prémio Valmor, com sua arquitetura clássica de influências italianas. Hoje é considerado monumento nacional.

Pois bem

Em 2016, o palacete foi comprado à Universidade Nova de Lisboa por 12 milhões de euros, para ser recuperado e dar vez à sede global da Imamat Ismaili, comunidade ismaelita liderada pelo príncipe Aga Khan. Obras que devem custar entre 10 e 20 milhões de euros.

Segundo a empresa responsável pelas obras, a Engexpor, o arquiteto Frederico Valsassina está cuidadoso na recuperação criteriosa, que vai da pedra aos rebocos originais e todos os fingidos, madeiras e pinturas interiores. Além da preservação da fachada e de peças de decoração, como os lustres e ferragens, que estão sendo feitos pela empresa francesa que na altura foi responsável pela sua execução. 

A obra terá um parque de estacionamento e dois elevadores. O paisagista Iñaki Zoilo cuida da recuperação do jardim histórico que tem 3 hectares, e a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva faz a restauração de elementos e peças decorativas, como os azulejos de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, painéis de madeira, bronzes, pintura decorativa etc.

Amei!

Autor(a): Eliana Lima