Política

O desabafo de Rosalba Ciarlini

05 JAN 2021

Foto: Twitter

Ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini foi ao Twitter responder a críticas e esclarecer dúvidas colocadas pelo seu sucessor, o ex-deputado estadual Allyson Bezerra, que tomou posse na última sexta-feira (1°) como prefeito da capital do Oeste.

Eis os tuítes da Rosa:

- Jamais pensei que precisaria  vir nesse momento me pronunciar sobre o óbvio, informações públicas, mas o óbvio precisa ser dito uma vez que alguns não entenderam que terminada a campanha se deve descer do palanque e buscar fazer o que se propôs, vamos lá:

Farei aqui um resumo de algumas questões de como encontrei e como deixei na Prefeitura de Mossoró: 

Salários de funcionários terceirizados. Como encontrei? Entre 7 a 11 meses atrasados mais décimo-terceiro. Como deixei quando saí da prefeitura? EM DIA todos!

Dos servidores efetivos. No ano anterior à nossa posse, dos 12 meses da folha só 9 foram pagos. 3 meses de salários atrasados. Nos 48 meses da nossa administração pagamos 51 folhas salariais. Folha de Dezembro, por exemplo foi paga dia 18 do mês passado. 

Quando o nosso país foi golpeado pela pandemia e tivemos, não por nossa vontade, mas por uma necessidade naqueles primeiros meses que sequer conhecíamos esse vírus tão danoso, que decretar o fechamento do comércio e diversos setores da economia, sabendo claramente que isto seria uma excepcionalidade que diminuiria drasticamente a arrecadação e previa, inclusive, que haveria problemas para pagar a folha de servidores, mas não houve. Pagamos ao término de cada mês com muito suor a folha salarial dos servidores municipais.

Isto foi uma grande vitória. Devido ao golpe nas receitas causado pela retração da economia para SALVAR VIDAS, decretei a excepcionalidade esse ano do pagamento do décimo-terceiro no mês de aniversário de cada servidor. O pagamento seria após a volta da normalidade econômica.

Num primeiro momento a projeção é de que não haveria receitas para pagar este benefício mas mesmo com a chegada de uma nítida 2ª onda que trouxe mais reflexos na economia, conseguimos honrar mais de 90% e ainda os aniversariantes dos 3 primeiros meses não tiveram nenhuma mudança.

Ou seja, do ponto de vista da queda da arrecadação que houve, preservamos o máximo que a arrecadação permitiu, com as receitas do dia 30 e 31 que não puderam ser debitados em contas de servidores pelo recesso bancários deixamos programado o pagamento de mais uma parte para hoje.

Ignorar a pandemia e negar o sacrifício e os impactos na arrecadação para querer fazer politicagem neste momento  é zombar da inteligência das pessoas. Vamos a outro ponto: recurso para obras, deixo só de recursos Finisa mais de R$ 100 milhões para obras.

Eu gostaria de ter recebido a Prefeitura há 4 anos atrás como estou entregando, com R$ 100 milhões para obras, além do convênio do Pro-Transporte que recuperamos. Esse reequilíbrio de Mossoró foi atestado e afirmado pelo Tesouro Nacional para liberar o Finisa.

Jamais pensei em decretar calamidade financeira pelas fortes perdas na economia e nas receitas causadas  pela pandemia para não ter riscos de perder recursos como o do Finisa e do Pró-Transporte, além de não afugentar investidores e empresas que queiram investir na cidade.

Mas se um grupo ou alguém que chega ao executivo deseja propagar isto, só posso torcer para a cidade apesar disso continue atraindo empresas, investimentos, indústrias, embora eu tenha noção do quanto isso atrapalha.

Só pra finalizar: entrego com R$ 100 milhões de obras contratadas, um Finisa. Recebi com telefones da prefeitura cortados, postos da cidade se negando a vender combustível para veículos da prefeitura. Sem obras e apenas 1 ambulância na cidade, todas as outras quebradas.

Uma coisa importante para qualquer cidade, não apenas para Mossoró e simples que sequer deveria ser uma sugestão. Para não apenas acessar o sistema orçamentário, mas para começar uma administração: escolher e nomear um secretário de administração.

Autor(a): Eliana Lima



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