23 DEZ 2023
O saudoso gigante escritor e filósofo italiano Umberto Eco disse no já distante 2015 uma das frases polêmicas que mais descreveram com perfeição o mundo conectado: “A internet deu voz a uma legião de imbecis”.
Quanto pior, maior é a repercussão de conteúdos dos chamados influenciadores e blogs. Quanto mais se achincalham pessoas, mesmo aleatórias (sem visibilidade, por exemplo), mais sangue da difamação clamam.
Um exemplo dos milhares é o perfil de fofoca Choquei, com teor político de esquerda, criado pelo jovem Raphael Sousa.
Das suas investidas por acessos e curtidas dos milhões de seguidores, uma das vítimas foi Jéssica Vitória Canedo, 22 anos.
Jéssica lutava contra a depressão. Foi alvo de ataques nas redes sociais após ser apontada como affair do humorista Whindersson Nunes.
No início da semana, começaram a circular prints falsos de uma suposta conversa entre os dois, em que ela falava do receio de responder às “cantadas” do youtuber. Jéssica tirou a própria vida.
No X (ex-Twitter), as comunidades (uma ferramenta da plataforma que permite indicar erro de informações) alertaram que “Choquei foi a maior promotora desta fake news”.
O comunicado das comunidades atentava que “com mais de 30 milhões de seguidores em suas redes sociais, a página foi quem deu proeminência nacional com os prints forjados. Após a morte, eles deletaram os posts sem mea culpa”.
Não, a melhor resposta não é regular as redes. Mas sim educação para um povo brasileiro que está cada vez mais ignorante, servindo de idiota útil.
Autor(a): BZN