21 SET 2024
No dia 6 de junho, o ministro brasileiro Fernando Haddad (Fazenda) se encontrou com o papa Francisco em audiência no Vaticano. Ocasião em que o petista apresentou os temas que o Brasil defendeu na presidência do G20, como a taxação dos super-ricos. “Uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza”, escreveu na época Haddad no X.
Mas isso é outra coisa.
Pois bem!
Nessa sexta-feira (20), o Papa defendeu que os ricos devem “pagar mais impostos” para que o dinheiro possa ser distribuído “pelos pobres e pela classe média”, durante reunião organizada Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral no Vaticano.
Argumentou Francisco: “Se essa percentagem tão pequena de bilionários que tem a maior parte da riqueza do planeta for incentivada a dividi-la, não como esmola, mas fraternalmente, que bom que seria. E que justo seria para todos”.
Sobre o sistema econômico atual: “Enquanto não se resolverem os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo. Os pobres não podem esperar”.
Criticou “o silêncio da indiferença que permite o rugido do ódio” e que o silêncio diante da injustiça “abre caminho à divisão social, divisão social à violência verbal, a violência verbal à violência física e a violência física à guerra de todos contra todos”.
De forma crítica, classificou que “a disputa para ter mais e mais dinheiro não é uma força criativa, mas sim uma atitude doentia e um caminho para a perdição”, considerando que “essa conduta irresponsável, imoral e irracional está a destruir a criação e a dividir os povos. Não deixemos de a denunciar. Isto não é comunismo; é Evangelho puro. Não é o Papa; é Jesus”.
A propósito…terá o papa incluído nos super-ricos a fortuna do Vaticano, e Haddad os muito ricos que se refestelam nas benesses proporcionadas pelos serviços públicos, bancadas com os tributos de pobres e abastados?
Autor(a): BZN
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