O sobrevoo do dirigível Graf Zeppelin  sobre o bairro Cidade Alta, em Natal, na foto histórica de João Galvão.

Foi no ensolarado dia 28 de maio de 1930. Bom que as autoridades se lembrem para comemorar os 94 anos desse feito.

O dirigível chegou em Natal depois de ter aterrissado no Recife (PE), completando a travessia entre a Alemanha e o Brasil.

Na Praça Augusto Severo, Ribeira, soltou uma coroa de flores artificiais com os dizeres: “Homenagem da Alemanha ao Brasil na pessoas do seu grande filho Augusto Severo”.

A passagem do Zeppelin por Natal está contada no livro História da Aviação no Rio Grande do Norte, de Paulo Pinheiro de Viveiros.

Segundo conta, o dirigível passou por Natal após deixar a capital pernambucana, rumo aos Estados Unidos.

Descreve: “Rumando lado norte da capital potiguar, o balão descreveu um grande círculo e permaneceu doze minutos em evoluções. Baixou sobre a estátua de Augusto Severo e deixou cair um ramalhete de flores naturais com a seguinte inscrição: “Homenagem da Alemanha ao Brasil, na pessoa de seu filho Augusto Severo”. O troféu caiu no jardim da residência da Sra. Inez Barreto, hoje Colégio Salesiano, perto da estátua, e foi apanhado pelo jovem Luciano Barreto, sobrinho segundo de Severo. Sua genitora levou-o à estátua”.

Informa também que o Zeppelin fez outros sobrevoos por Natal. Foi em 1933, com outra homenagem ao inventor do Pax. “Dessa feita, voava à noite,  numa altura aproximada de 200 metros. Eram 23 horas e 30 minutos quando alcançou a cidade, deixando cair de bordo, pendente de um paraquedas luminoso, uma coroa sobre o monumento de Augusto Severo. O vento desviou o troféu que caiu no pátio interno da estação da Great Western (…) A coroa tinha um laço de seda com as cores da Alemanha e do Brasil e a seguinte inscrição: “A Augusto Severo, o  grande brasileiro que idealizou  a aviação como fator de progresso – arma de aproximação entre os povos – homenagem do GRAF ZEPPELIN”.

Autor(a): BZN