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Partiu a rara beleza: Alain Delon

18 AGO 2024

Foto: Divulgação

Na minha adolescência, sempre que nos referíamos a um homem completo em beleza era Alain Delon. Quando amigos nossos se exibiam, dizíamos “só quer ser Alain Delon”. Era o máximo da beleza. Assim como também falávamos deus grego Apolo para definir o auge do auge do auge.

E neste domingo (18) eis que Alain Delon partiu. O ator francês estava com 88 anos. Sem aceitar a velhice que lhe tirou os traços de o mais belo dos belos. A família de Delon informou que ele faleceu em sua casa em Douchy-Montcorbon, na França. A causa não foi divulgada.

Delon não conquistou corações não apenas pela sua estupenda beleza. Também pelas suas icônicas interpretações no cinema, de assassinos, bandidos e matadores de aluguel no auge do pós-guerra.

Protagonizou filmes memoráveis como O Sol por Testemunha, Rocco e Seus Irmãos e O Leopardo. Mas o sucesso em seu país não abriu as portas para o mesmo nível de fama em Hollywood.

Maio de 2019 foi marcado pela sua última grande aparição, quando recebeu uma Palma de Ouro honorária no Festival de Cinema de Cannes. Ano em que sofreu um AVC e passou a viver recluso em sua propriedade. A família declarou o desejo dele de se submeter ao suicídio assistido.

Nas redes sociais, o presidente francês Emmanuel Macron escreveu:

"Alain Delon interpretou papéis lendários e fez o mundo sonhar. Emprestando seu rosto inesquecível para sacudir nossas vidas. Melancólico, popular, reservado, ele era mais do que uma estrela: era um monumento francês".

Autor(a): Eliana Lima



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