A Polícia Civil do RN foi ágil em desmentir denúncia do Via Certa, que obteve informações do Conselho Tutelar, de que duas meninas, 12 e 15 anos, foram resgatadas de uma residência em condomínio de Parnamirim, nessa sexta-feira (26), sob a suspeita de que eram mantidas por um casal de professoras universitárias em situação análoga à escravidão, realizando afazeres domésticos e sendo eram maltratadas. As garotas teriam sido adotadas no Rio Grande do Sul.

Pois bem

O que era para a PCRN fazer? Imediatamente esclarecer sobre a denúncia e informar providências. A contar que admite o registro de Boletim de Ocorrência (BO), e que foi “em uma cidade do interior do RN sobre possível crime de maus-tratos contra duas adolescentes”.

Interior do RN? Gravidade tal não pode passar pano. Interior seria para confundir que não foi Parnamirim?

Pior: a nota traz um inédito "repudiamos". Diz: “Repudiamos veementemente a exposição das adolescentes, da residência e ainda da profissão e o local de trabalho das investigadas na internet”.

Pior 2: confirma a denúncia e que as mulheres são investigadas devido a denúncia de maus-tratos. 

E as perguntas que não querem calar:

- Seria uma forma de proteção por que “as investigadas”, como admite a PCRN, são militantes de esquerda?

- E como uma situação de aparente gravidade não teve a participação da delegacia especializada no tipo de crime?

- Não confiam nas ações da especializada? Não acham importante que participe? Por que a delegacia de proteção da criança e do adolescente (DPCA) não foi acionada?

Urgem respostas. E providências.

Íntegra da surpreennota da PCRN:

- A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA/Parnamirim), esclarece que não participou ou deflagrou operação de resgate de adolescentes vítimas de trabalho análogo à escravidão no bairro Parque das Nações, em Parnamirim, na Grande Natal. 

A Polícia Civil do RN reforça mais uma vez que não houve operação e recebeu com surpresa as notícias veiculadas nas redes sociais. O que ocorreu, de fato, foi um registro de Boletim de Ocorrência (BO), em uma cidade do interior do RN,  sobre possível crime de maus-tratos contra duas adolescentes.

No momento, não existe comprovação dos fatos noticiados por alguns blogs e portais nas redes sociais. O caso está sendo investigado sob sigilo. 

Repudiamos veementemente a exposição das adolescentes, da residência e ainda da profissão e o local de trabalho das investigadas na internet. A instituição é comprometida com a verdade, na proteção das crianças e adolescentes vítimas, bem como com a investigação séria e dentro dos parâmetros da legislação brasileira.

Autor(a): BZN