22 JUL 2025
Em um país onde a população enfrenta dificuldades reais em saúde, segurança e educação básica, e paga uma das cargas tributárias mais pesadas do mundo, parte do dinheiro público segue sendo investido em projetos que pouco contribuem para a produção científica e servem, na prática, para afagar o ativismo ideológico mais radical.
Na UFRN, ganhou financiamento o projeto intitulado “Série de livros: Pensadories Brasileires – voll. II e III”, que já no título rompe com a norma culta da língua portuguesa em nome da chamada linguagem neutra, algo que sequer é reconhecido oficialmente pelo sistema educacional brasileiro.
Financiado com verba do Programa de Iniciação Científica (Pibic), o projeto reúne textos voltados a temas como “filosofia e gênero”, “transfeminismo”, “pensamento afrobrasileiro” e “decolonialidade”. Entre os nomes incluídos nas coletâneas estão ativistas como Luísa Marilac, Jota Mombaça e Sara York. Um dos capítulos previstos traz o título: “Patriarcado e ViolênciaW” - o “W” final permanece sem explicação conceitual ou gramatical.
Embora esteja registrado como pesquisa, o conteúdo se aproxima mais de um panfleto ideológico do que de uma investigação acadêmica estruturada. A proposta sequer passou por comitê de ética, mas já está em fase de publicação pela Editora da UFRN.
Enquanto professores de áreas essenciais lutam por bolsas, equipamentos e estrutura mínima, projetos como esse ganham espaço e recursos em nome de um suposto “pensamento contemporâneo”. O contraste com a clássica coleção Os Pensadores, que apresentou ao Brasil nomes como Platão, Nietzsche e Rousseau, não poderia ser mais gritante. Num país exausto de pagar por tanto e receber tão pouco, iniciativas como essa simbolizam o distanciamento entre a universidade pública e os brasileiros que sustentam-a.
Autor(a): BZN
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