17 FEV 2025
Pesquisa do Ipec (ex-Ibope), realizada entre 6 e 10 de fevereiro, revela que 62% dos brasileiros acreditam que o presidente Lula da Silva (PT) não deve se candidatar à reeleição em 2026. Apenas 35% apoiam nova candidatura, enquanto 3% não souberam ou não responderam. O estudo, com duas mil entrevistas em 131 municípios, tem margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança.
Entre os que rejeitam a candidatura, os principais argumentos são:
- 36% criticam o desempenho atual: "Não está fazendo um bom trabalho";
- 20% associam Lula a corrupção: "É corrupto/ladrão/desonesto";
- 17% apontam a idade avançada do presidente (Lula terá 80 anos em 2025);
- 11% alegam que ele "já teve sua chance" após três mandatos.
Outros motivos incluem desejo de renovação política (7%), aumento de impostos (5%) e inflação alta (2%).
O levantamento também indica:
- Eleitores de Bolsonaro em 2022: 95% rejeitam a candidatura de Lula;
- Eleitores de Lula em 2022: 66% apoiam sua reeleição;
- Escolaridade: Apoio é maior entre quem tem ensino fundamental (45%) e menor entre ensino médio (29%) e superior (31%);
- Idade: Pessoas com 60 anos ou mais são as mais favoráveis (41%);
Cenário de Lula por região:
O Nordeste tem maior apoio (48%), enquanto Sul (26%) e Sudeste (31%) são mais críticos;
Por renda:
Quem ganha até 1 salário mínimo apoia mais (44%), contra 29% na faixa de mais de 5 salários.
Rejeição:
A rejeição à candidatura de Lula cresceu em relação a setembro de 2024: o percentual de "não deveria" subiu de 58% para 62%, enquanto o apoio caiu de 39% para 35%.
A amostra foi estratificada por sexo, idade, escolaridade, região, porte do município, renda familiar, raça/cor e religião. Foram excluídos os estados do Acre, Amapá e Roraima devido ao tamanho reduzido da população. O nível de confiança é de 95%, com fiscalização em 20% dos questionários.
Ou seja!
Os dados refletem polarização política e insatisfação com a gestão atual, além de preocupação com renovação. O resultado sugere desafios para Lula caso decida disputar um quarto mandato, especialmente diante da resistência em regiões economicamente estratégicas, como Sudeste e Sul, e entre eleitores de maior renda e escolaridade.
Autor(a): BZN
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