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Pesquisadores da UFRN criam ventilador mecânico com custo de R$ 3 mil

05 AGO 2020

Foto: Agecom/UFRN - Pesquisadores fazem demonstração para o diretor do Lais, Ricardo Valentim

Pesquisadores do Lais (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde), da UFRN, criaram um modelo de ventilador mecânico com custo até 80 vezes mais baixo do que o praticado no mercado internacional, estimado em R$ 3 mil, enquanto um equipamento pode chegar a R$ 240 mil, diante da demanda devido a pandemia de coronavírus. 

O professor Danilo Nagem, do Departamento de Engenharia Biomédica da UFRN, explica: 

- Esse ventilador foi projetado para trabalhar principalmente com o modo de volume controlado, onde o paciente recebe um volume de ar indicado pelo profissional de saúde e o pico de pressão que vai variar de acordo com o grau de elasticidade do pulmão e resistência das vias aéreas, mas sempre nos limites de segurança.  

De forma inédita, o equipamento pode atender a dois pacientes simultâneos com características diferentes.

Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFRN, Ângelo Roncalli destaca:  

- Além da questão dos custos reduzidos, é importante destacar que este protótipo foi pensado e desenvolvimento usando ferramentas já regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ou seja, parte de tecnologia já existente e aprovada. Do jeito que está hoje, já poderemos iniciar os testes com pequeno animais, como cães e porcos, que é a chamada fase pré-clínica. Mas nossa expectativa é que em três ou quatro meses já possamos disponibilizar o ventilador para as primeiras unidades de saúde.

Equipamento, diga-se, que para funcionar usa-se um carregador de celular.

Coordenador do Lais, Ricardo Valentim comenta:

- Isso é importante, pois não será necessário mexer na rede elétrica das unidades onde o equipamento for utilizado. Até mesmo em um acendedor de carro o produto pode ser ligado, o que o qualifica para uso em ambulâncias, por exemplo.

Segundo o Lais, uma primeira versão do ventilador já está em funcionamento e ajustes estão em fase de finalização para atender as exigências da Anvisa.

Autor(a): Eliana Lima



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