A Polícia Federal (PF) instaurou inquéritos para apurar a origem de mais de 143 kg de ouro apreendidos em duas operações distintas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizadas em menos de 48 horas na Amazônia Legal. O valor estimado do material ultrapassa R$ 84 milhões.

Todo o ouro apreendido foi encaminhado ao Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para análise técnica que permita rastrear sua procedência. As investigações buscam mapear as rotas de transporte e identificar as organizações criminosas responsáveis pelo financiamento e pela comercialização ilícita do minério, em um esforço integrado do Governo Federal para combater o garimpo ilegal e proteger terras indígenas na região.

Apreensões históricas

A maior apreensão da história da PRF ocorreu nessa segunda-feira (4), na BR-401, em Boa Vista (RR). Os agentes encontraram 103,35 kg de ouro maciço escondidos em um fundo falso de uma caminhonete. O material é avaliado em mais de R$ 61 milhões.

O motorista do veículo foi preso em flagrante. Apesar de alegar ser fiscal de obra, demonstrou nervosismo e apresentou contradições durante a abordagem. A presença de um recém-nascido no carro também chamou a atenção dos agentes, que aprofundaram a inspeção na base da PRF. Bruno foi indiciado por crimes ambientais e usurpação de bens da União.

Segundo as autoridades, há indícios de que o ouro tenha sido extraído ilegalmente em Rondônia e que o destino final poderia ser a Venezuela ou a Guiana.

Dois dias depois, na quarta-feira (6), a PRF realizou nova apreensão na BR-230 (Transamazônica), no município de Altamira (PA). Aproximadamente 40 kg de ouro, avaliados em R$ 23 milhões, foram encontrados em outra caminhonete. Dois adultos foram presos, além de um adolescente e uma criança que estavam no veículo.

Autor(a): BZN