02 JUN 2020
A infusão de plasma convalescente em paciente infectado com o novo coronavírus é um tratamento considerado promissor por médicos.
Sobre o procedimento, perguntei ao oncologista Henrique Fonseca, dos mais respeitados médicos do Rio Grande do Norte, como funciona.
Ele explicou que quando uma pessoa tem qualquer doença, principalmente viral, ela fabrica anticorpos. No caso de quem teve covid e se recuperou, 30 dias após a infecção criou anciportos, então os médicos usam o plasma convalescente para que os anticorpos ajudem na recuperação dos vírus que estão infectando os pacientes em estado grave.
Henrique Fonseca atenta que não se trata de uma vacina, e sim uma medida temporária, diante da vida curta dos anticorpos, mas no momento ajuda na recuperação do paciente.
Procedimento que foi realizado primeiramente na pandemia do ebola, na África, com bons resultados.
Pioneirismo
A pioneira no uso do plasma convalescente foi a Unimed João Pessoa (PB), no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade própria da Cooperativa, que tratou dois homens que estavam internados em UTI com cerca de 200 ml do plasma convalescente. Os dois ficaram curados da doença.
No site da Unimed, o anestesiologista Gilvandro Lins, do Núcleo Estratégico de Enfrentamento à Covid-19 da Unimed JP, explica:
- Este é um tratamento promissor no combate à doença. Os estudos apontam que o uso desta técnica diminui a replicação do vírus no paciente e seu sistema imunológico consegue responder melhor a agressão do vírus.
De Natal
Segundo o site, o plasma sanguíneo usado no paciente foi de uma parceria entre a Unimed JP e o Hemovida de Natal (RN).
Na primeira infusão, os dois homens, um de 55 anos e outro de 63, receberam cerca de 200 ml do plasma convalescente, cada um. A identidade do paciente que fez a doação do sangue é sigilosa, no entanto, é uma pessoa que teve exame confirmado para covid-19 e está sem sintomas há mais de 30 dias.
Explica o processo
- O plasma é retirado do sangue doado por pacientes que já tiveram a covid-19 e não apresentem mais sintomas há 30 dias. A administração é feita através de infusão deste plasma contendo anticorpos de pacientes que já foram curados. Todo o processo é feito com equipamentos que protegem os profissionais envolvidos de contaminação.e plasma de pessoas que já tiveram a covid-19 há 30 dias, com o IGG positivo, e que possuem sangue A+.
Urgente
Então, doações são importantes para salvar vidas. Em Natal podem ser feitas no Hemovida, na Av. Nilo Peçanha, 199, Petrópolis, em Natal.
Autor(a): Eliana Lima