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Plástica para diminuir a testa é a nova febre entre jovens

27 OUT 2020

Foto: www.freepik.com


Em tempos de isolamento social, quem pensou que a aparência seria um tanto relevada, ledo engano.

Para muitos, o rosto ficou ainda mais em evidência nos bate papos em vídeo, lives e ‘quadradinhos’ das salas de reunião virtual. 

As imperfeições que antes não eram tão percebidas ao se olhar no espelho hoje são motivo de aumento na procura por procedimentos estéticos e cirúrgicos para corrigir insatisfações na fisionomia, principalmente no público jovem.

Segundo a cirurgiã Patrícia Marques, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, uma das reclamações mais recorrentes no seu consultório nos últimos meses foram sobre o tamanho desproporcional da testa, principalmente entre os jovens mais expostos nas redes sociais. 

E para quem se sente desconfortável com essa desarmonia, ganhou repercussão o procedimento "frontoplastia".

Segundo a médica, que é pioneira da técnica no Brasil, o procedimento consiste em avançar o couro cabeludo para frente por meio de um corte na margem do cabelo, reduzindo o tamanho da testa e adequando a proporcionalidade facial. “Apesar da técnica já ser conhecida, a procura quase dobrou nos últimos meses, em sua maioria mulheres entre 18 e 30 anos”, diz.

Por ser um uma cirurgia relativamente nova no Brasil, pouco se sabe sobre os benefícios da operação e como ela funciona. A especialista, responde as dúvidas mais frequentes para quem pretende realizar o procedimento.

Qual o tamanho da redução que posso esperar?

- Não podemos dar um número preciso antes da cirurgia, pois pode variar de paciente para paciente de acordo com a elasticidade da pele, mas a média é uma perda de 2 centímetros, às vezes um pouco mais. Porém, mais importante do que um número na régua, é a capacidade de adequar a proporção do terço superior em relação ao terço médio e inferior do rosto, deixando-o o mais harmonioso possível.

Pode ocorrer paralisia facial após o procedimento ou alteração de estruturas faciais?

- Os nervos motores da face não estão na região operada, então não, não é possível ocorrer uma paralisia. Além disso, a cirurgia por si só não altera feições como a posição dos olhos ou o formato dos lábios. Este tipo de mudança pode acontecer no lifting facial cirúrgico, por exemplo, que envolve incisões nas laterais do rosto, diferente da Frontoplastia.

É possível ocorrer queda de cabelo?

- Em todo procedimento cirúrgico pode haver uma queda de cabelo por alterações hormonais chamada Eflúvio, que dura algumas semanas e melhora espontaneamente. Na Frontoplastia, a técnica que utilizo envolve incisões em forma de ‘zigue-zague’ na linha do cabelo, que protegem os folículos capilares. Conforme as incisões cicatrizam, cabelo cresce por meio delas, o que ajuda a camuflar a cicatriz, por isso é fundamental o tratamento adequado do couro cabeludo. É sempre bom lembrar, porém, que caso o paciente seja homem a cicatriz pode se tornar aparente mais para frente, devido a calvície, sendo recomendado complementar o tratamento com o transplante capilar.

O pós-operatório é muito doloroso?

- A recuperação costuma ser muito tranquila, com pouca dor e inchaço, mas é importante separar duas semanas para descansar bem. A região da cicatriz costuma ficar também um pouco adormecida, mas isto é comum em cirurgias do tipo, e dentro de 3 a 6 meses voltará ao normal.

A Frontoplastia pode ser realizada em conjunto com outros procedimentos estéticos?

- Na minha prática clínica é muito comum haver esta associação, principalmente com outras técnicas de harmonização facial, como a rinoplastia e os preenchimentos com gordura, por exemplo. Mas, claro, devemos individualizar o tratamento, priorizando a proporcionalidade do rosto de cada paciente.

Autor(a): Eliana Lima



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