31 JAN 2019
Um dos protagonistas do esquema de corrupção na Petrobras que abalou as estruturas da petrolífera e do PT, Nestor Cerveró amargou um ano e meio de detenção (foi preso em janeiro de 2015 e liberado em junho de 2016, após acordo de delação premiada).
Da carceragem no presídio federal de Curitiba (PR), foi em um voo da GOL, usando tornozeleira, até o aeroporto do Galeão, no Rio, de onde seguiu para uma bela casa em Itaipava, da família, um dos mais cobiçados destinos de charme das regiões serranas do Brasil.
É a sua prisão domiciliar, de onde o ex-diretor da área Internacional da Petrobras só pode sair em casos de emergências médicas e audiências na Justiça. E está proibido de sair do país.
Teve um momento em que Cerveró estava tão no foco das notícias que a máscara de sua incomparável fisionomias foi uma das mais compradas e usadas na época do Carnaval. Mas, assim como tantos outros delatores que estiveram no auge dos holofotes, foi esquecido.
Ele foi condenado pela Lava Jato em duas ações penais a 27 anos e quatro meses de prisão e responde por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também é reú em outros dois processos.
No acordo feito, comprometeu-se a devolver à União mais de R$ 17 milhões pelos crimes assumidos durante as investigações da Lava Jato. O conteúdo do acordo de sua delação foi homologado pelo então ministro Teori Zavascki (STF), que na época atendeu pedido da Procuradoria Geral da República. O ministro morreu em um acidente aéreo na região de Paraty (RJ), em janeiro de 2017.
Além da devolução do dinheiro, o acordo prevê que Cerveró só pode ser condenado a no máximo 25 anos de prisão, somando todos os processos a que responde na Justiça.
BENEFÍCIOS
Cerveró foi condenado, inicialmente, a 12 anos e 3 meses de reclusão, na primeira instância. Tempo que foi aumentada pelo TRF4 para 27 anos e 4 meses. Maaasss...cumpre pena nos termos do acordo de colaboração. Como a reclusão na bela casa serrana de Itaipava.
VOCÊ SABIA?
Que Nestor Cuñat Cerveró é carioca e tem nacionalidade espanhola?
Pois tem. Sua profissão: engenheiro químico. Ele foi diretor internacional da Petrobras de 2003 até 2008, e diretor financeiro da BR Distribuidora de 2008 a 2014, até ser exonerado do cargo após investigações da Operação Lava Jato.
Autor(a): Eliana Lima