Está em tramitação no Senado Federal o Projeto de Lei 3.267/2025, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que propõe a proibição da fabricação, comercialização e uso de narguilés e seus acessórios em todo o território nacional.

Girão justificou a proposta com base nos riscos à saúde associados ao uso do narguilé, uma espécie de cachimbo, cuja popularidade entre os jovens tem gerado preocupação. Segundo ele, há uma percepção equivocada de que o produto seria menos nocivo que o cigarro tradicional.

O parlamentar ressaltou que estudos apontam que uma única sessão de uso de narguilé pode equivaler à inalação de dezenas de cigarros. Isso eleva não apenas o risco de doenças graves, mas também o potencial de dependência química, devido à presença de nicotina.

Girão também citou dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), segundo os quais, para cada R$ 1 de lucro obtido pela indústria do tabaco, o país gasta R$ 5 com tratamento de doenças provocadas pelo consumo de derivados, o que representa um impacto anual de R$ 153 bilhões.

O senador argumentou ainda que a popularização do narguilé é resultado de uma estratégia de marketing velada, que o apresenta como símbolo de lazer e socialização, frequentemente vinculado a ambientes de entretenimento e ao estilo de vida jovem.

Segundo ele, essa abordagem é reforçada por influenciadores digitais e pela presença do narguilé em estabelecimentos comerciais, o que contribui para a naturalização do seu consumo, especialmente entre adolescentes e jovens adultos.

Autor(a): BZN