26 OUT 2022
Em depoimento à Polícia Federal, o servidor Alexandre Gomes Machado, exonerado do cargo de assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência do TSE, disse acreditar que sua exoneração foi pelo fato de que "desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita" e que a "fiscalização seria necessária para o fim de saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculada".
Alexandre Machado, que é servidor do TRE-DF, no cargo de Analista Judiciário, informou que chegou hoje (26) para trabalhar no TSE e, "sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do Tribunal, tendo ainda que entregar o seu crachá de servidor".
Segundo o site O Antagonista, o servidor "exercia a função de Coordenador do Pool de Emissoras, sendo o responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV".
E que, questionada pelo site, "a assessoria do tribunal disse que a exoneração ocorreu “em virtude do período eleitoral” e que “a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”".
Em tempo
Na noite de ontem (25), a campanha do presidente Bolsonaro, atendendo determinação do ministro Alexandre de Moraes, entregou cerca de cinco mil páginas que comprovam a ausência de mais de 154 mil inserções do programa eleitoral de Bolsonaro na comparação com as do adversário e Lula da Silva (PT).
A auditoria de mídia contratada pelo candidato do PL foi realizada pela empresa Audiency Brasil Tecnologia Ltda.
Autor(a): Eliana Lima