11 SET 2023
Colunista da Tribuna do Norte e comentarista da Jovem Pan News Natal, o jornalista Alex Medeiros analisa o cenário em que vivemos.
Segue seu ótimo texto, sob o título “Sinais do fim do mundo”:
- Cientistas da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, publicaram na revista World um estudo afirmando que a humanidade corre risco de ser extinta ainda neste século, por causa de um colapso populacional e também pelas consequências de problemas climáticos. O estudo também prevê que até o ano 2080, a Terra atinja um volume demográfico de mais 10,4 bilhões de humanos. As previsões apocalípticas sempre foram das pautas científicas e esotéricas.
Não sei se a maioria dos leitores tem ou já teve uma avó que falava sobre profecias do fim do mundo. Pelo menos as pessoas da minha geração muitas vezes ouviram a avó dizer que quando o fim de tudo se aproximasse nós veríamos muita coisa estranha acontecendo, coisas que fogem ao senso comum, como por exemplo geada no verão e calor abrasador no inverno, ou tragédias, pragas, desastres naturais e gente adoecendo, assim do nada.
Para dizer a verdade, realmente tem acontecido coisas que mais parecem as coisas que vovó falava. O mundo está muito louco, cheio de estranhezas. Até os esportes andam repletos de esquisitices, com fatos e resultados inusuais.
No fim de semana, eu vi a poderosa Alemanha tomar uma goleada em casa para o Japão; os EUA num quarto lugar numa copa de basquete que eles sempre venciam. E vi Neymar superar o rei Pelé, levando desafetos à histeria.
Fiquei sabendo que a série D do Brasileirão terá uma final entre Ferroviário e Ferroviária, num bizarro e evidente sinal de que tem algo para acontecer com o decantado trem da história. Quer aviso maior do que o Botafogo ser campeão?
Mas, nenhum sinal foi mais significativo das estranhezas que precedem o fim dos tempos do que ver a turma da esquerda e alguns intelectuais ficarem a favor da depredação de um patrimônio histórico e cultural de enorme valor.
Façamos justiça: desde que eu sou gente, testemunho que esse pessoal do socialismo e do comunismo briga para manter preservadas as antigas arquiteturas e monumentos. Não faz muito tempo, houve quase uma revolução.
E foi por causa do velho hotel Reis Magos, cujas ruínas cheias de ratos e lixo foram defendidas inclusive com os militantes tendo todo apoio do Ministério Público. E olha que o hotel dos anos 1960 nem tinha essa relevância histórica. Aliás, o esqueleto do hotel sequer tinha importância artístico-arquitetônica.
Só sei que a esquerda fez uma zoada dos diabos para preservá-lo. Daí que é mais do que estranho, confirmando as profecias, ver agora a esquerda aplaudir uns malucos – ou mamelucos - que depredaram a Fortaleza dos Reis Magos.
Vejam a simbologia: o primeiro e mais importante monumento de Natal e do Rio Grande do Norte, o berço da nossa genealogia, o presépio da cidade cujo nome representa exatamente o nascimento de Cristo e da cristandade.
Os selvagens picharam as paredes do Forte e o ato de vandalismo foi tratado por militantes, intelectuais e por dois ou três jornalistas, como uma bravura rebelde de apoio aos índios que estariam supostamente sendo assassinados.
Mas, pelamordedeus, onde está havendo isso? Só se for nos velhos filmes de faroeste que ainda vendem nos sebos do Beco da Lama, Grande Ponto e adjacências. Preservadores defendendo depredação; deve ser o fim do mundo.
Autor(a): Eliana Lima