04 AGO 2020
A decisão do Supremo Tribunal da Colômbia, hoje (4), para prisão preventiva do ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe tem por base crime de suborno e violação de testemunhas em um dos casos envolvendo o político, que governou o país entre 2002 e 2010.
A prisão do chefe do partido Centro Democrático é domiciliar, em sua fazenda.
É uma decisão inédita na Colômbia. Uribe, fundador do Centro Democrático e mentor político do presidente Iván Duque, foi o senador mais votado na história do país, em 2018.
As lupas de investigação indicam indenização a várias testemunhas em troca de testemunhos que favorecem-o.
Um ex-paramilitar, em primeira fase do julgamento, implicou Uribe no surgimento de um bloco das Forças de Autodefesa da Colômbia.
O caso
Tudo começou em 2012, quando Uribe apresentou queixa contra o senador progressista Iván Cepeda na Suprema Corte por suposta conspiração, com, segundo o jornal El País, falsas testemunhas nas prisões colombianas, para envolvê-lo nas atividades de grupos paramilitares.
Teve efeito bumerangue. O tribunal se absteve de processar Cepeda e, em vez disso, pediu para investigar Uribe por suspeita de ter manipulado testemunhas contra o congressista do Polo Democrático.
Declaração
No Twitter, Uribe escreveu:
A privação de minha liberdade me causa profunda tristeza por minha senhora, minha família e pelos colombianos que ainda acreditam que eu fiz algo de bom pelo país.
Autor(a): Eliana Lima