Política

Tacada de mestre? Veja o que aconteceu para a liberação do X no Brasil

18 SET 2024

Foto: Reprodução vídeo

Danilo Paulo, do site Teletime, detalhou sobre a volta repentina do X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (18). Ocorreu “após a plataforma passar a usar a infraestrutura da Cloudflare, uma empresa que fornece serviços de entrega de conteúdo (CDN)”, uma rede que o próprio governo brasileiro usa, além de serviços de imprensa, bancos etc.

A Anatel informou que não houve alteração da decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) no final de agosto para retirada do serviço do ar.

Ao TELETIME, Basílio Perez, conselheiro da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), “explicou que após uma atualização no app, o X passou a utilizar a infraestrutura da Cloudflare no Brasil, ao invés de servidores próprios cujos endereços foram bloqueados inicialmente pelas operadoras”. "Voltou a funcionar porque ele passou a fazer um caminho diferente", disse Perez sobre os novos IPs utilizados pelo X a partir da CDN parceira.

Completou: "Neste momento devemos esperar orientação formal da Anatel sobre o que fazer. O serviço do X está usando uma rede de CDNs que o próprio governo usa, além de serviços de imprensa, bancos. Não se pode simplesmente sair bloqueando os IPs porque pode até tirar serviços do governo ou de empresas do ar. O bloqueio [do X] não será como era feito antes e estamos esperando a Anatel orientar".

Ao site, o especialista em telecomunicações Thiago Ayub destacou: "Na Itália, em fevereiro deste ano uma ordem judicial determinou o bloqueio de um site de pirataria que era servido através da infraestrutura da Cloudflare, e isso gerou um apagão que afetou até sites do governo que eram clientes da infraestrutura".

Segundo o Teletime, “CDNs como as ofertadas pela empresa norte-americana são redes de servidores distribuídos geograficamente para entrega de conteúdo forma mais rápida e eficiente aos usuários. Assim, a infraestrutura é compartilhada por diversas empresas. No caso do X, o serviço está bloqueado pelas operadoras”.

(Colaborou Henrique Julião)  

Autor(a): BZN



últimas notícias