Nesta sexta-feira (17), presenciei mais um cenário de lamento na Fundação José Augusto (FJA), em Natal.

Ao observar a fachada deteriorada do Teatro de Cultura Popular - TCP, anexo da FJA, procurei saber sobre o funcionamento. 

Veio a triste notícia: não funciona mais. Trata-se nada menos que o Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, inaugurado em 2 de agosto de 2005, na gestão do escritor François Silvestre, com o nome em homenagem a um dos maiores artistas populares do Rio Grande do Norte, o mamulengueiro (bonequeiro) Chico Daniel.

Por anos, o TCP foi lugar de referência para a produção artística local, com ocupação para 165 lugares. Lembram em 2018? O teto da galeria (hall de entrada) desabou.

O Ministério Público continua silencioso  diante do descalabro no governo estadual. 

Apenas duas vezes que fui à FJA testemunhei esse desmonte da verdadeira cultura do estado. Entretanto, parece que a cultura para o governo petista se restringe a festas e eventos que reverenciam a patota. Vide os grandes shows da feira do MST.

Mas isso é outra coisa.

Resta saber como estão os bens do TCP, que na inauguração ostentava palco com Boca de Cena assim: 9,0 m de largura x 3,5 m de altura; profundidade (do proscênio ao ciclorama): 6,00 m.

Som: 2 Caixas Ativas no PA de Som 800 watts marca PZ, 2 Subwoofer 1000 watts marca PZ,  2 Caixas Passivas para Retorno, Mesa de Som Digital UI-16 canais marca Soundcraft, 4 microfones com fio, 2 microfones sem fio (de mão), 3 pedestais, 2 direct box.

Iluminação Cênica: 10 refletores tipo PAR 64 Foco 5, 1000 watts, 110 volts; 2 refletores tipo PAR 64 Foco 5, 1000 watts, 220 volts; 10 refletores tipo PAR 64 Foco 1, 1000 watts, 220 volts; 4 refletores do tipo FRESNEL, marca Telem 1000 watts, 220 volts; 8 refletores do tipo PC, marca Telem 1000 watts, 220 volts; 4 refletores do tipo Elipsoidal, marca Telem 1000 watts, 220 volts; 4 Dimmers Digitais DMX 512, com 12 canais que suportam 2 KW por canal; 1 mesa digital DMX 512 LEPFROG 4896, marca Zero 88; 44 canais interligados com os Dimmers.     

Em tempo

A imensa maioria dos mais de 50 prédios públicos sob a responsabilidade da FJA está fechada ou em péssimas condições de uso. 

           

Autor(a): Eliana Lima