23 MAI 2022
Hoje em dia ficou raro não ter notícia sobre algum suicídio. As tragédias pessoais se somam e a impressão é de que se evita buscar ajuda.
Muito pode ser o preconceito e a falta de paciência para com os que reclamam de alguma dor ou angústia. As pessoas estão cada vez sem paciência para quem ‘não é feliz’.
O certo é que muitos estão doentes da alma, a incompreensão é alarmante e a exigência de outrem para se ser feliz parecem que exacerbam-se ao mesmo ritmo.
Toda atenção é pouca. Toda ajuda é necessária.
Na UFRN, a aluna Alice Mendes Duarte está realizando um excelente trabalho.
Debruçou-se sobre esse tema, entrevistou 10 pacientes que possuem a doença e são atendidos no ambulatório de Depressão do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), para desenvolver entendimento profundo sobre o assunto.
Com a orientação da profª Simone Moreira, a pesquisadora coletou relatos importantíssimos sobre as dificuldades enfrentadas por essas pessoas, visando compreender a experiência delas diante da depressão e incentivar a utilização de metodologias compreensivas no meio médico, que considerem que o indivíduo possui uma história significativa e importante no contexto saúde-doença.
Vale conferir essa pesquisa riquíssima e cheia de sensibilidade, da Progesp (Pró-Reitoria de Pesquisas).
Como questiona a autora, talvez nele já esteja importante resposta: “Em tempos como os que vivemos, não seria a escuta o novo abraço?”.
Autor(a): Eliana Lima