25 AGO 2024
Com o suicídio de Getúlio Vargas, o potiguar Café Filho assumiu o comando do país, que passava por uma grande instabilidade. Para acalmar as tensões, ele prometeu assumir compromissos firmados pelo antecessor, mas a pressão política da oposição permitiu a entrada de políticos udenistas em seu novo gabinete ministerial.
Eram imensos os problemas econômicos, com alta inflação e déficit da balança, que foram combatidos através de limitação do crédito, redução das despesas públicas, criação de uma taxa única de energia elétrica e a retenção automática do imposto de renda sobre os salários.
Para ter o apoio do Congresso na aprovação de tais medidas, Café declarou que seu governo tinha caráter provisório e não tinha maiores pretensões políticas.
Governou até 8 de novembro de 1955.
Pois bem
A memória de Café Filho é ignorada. Mesmo tendo sua história política em defesa dos trabalhadores das camadas populares que sofriam pressões por parte das oligarquias dominantes em Natal no início da carreira política.
O belo histórico sobradinho colonial construído entre 1818 e 1820, na Cidade Alta, Natal, foi transformado em Museu Café Filho. Mas vive altos e baixos com abandonados. Atualmente está fechado. Novamente.
E olhe que foi, no início do século XX, sede do Sindicato Geral dos Trabalhadores, dirigido por Café.
Em 2017, depois de oito anos abandonado, com invasões, roubos e depredações no período, mesmo sendo tombado pelo Iphan, o Museu Café Filho foi recuperado pela Fundação José Augusto e reaberto ao público, desde a década de 1960.
O imóvel, com andar térreo e superior, tornou-se o primeiro sobrado particular erguido em Natal. O declive acentuado de seu telhado ganhou o nome de “véu de noiva”. Assim descreveu Câmara Cascudo no jornal A República, Natal, Domingo, 03 de dezembro de 1939: “O primeiro sobrado foi mandado construir pelo capitão-mor José Alexandre Gomes de Melo, senhor de Pitimbú, o mais lindo, o mais desejado, o mais famoso sítio na freguesia de Nossa Senhora d’Apresentação”.
Autor(a): BZN