A Folha de SP informa na edição desta terça (17) sobre a expansão de atuação das facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) no sistema prisional das unidades federativas do Brasil, de acordo com dados do Relatório do Mapa de Orcrim (Organizações Criminosas) 2024, elabo- rado pelo Ministério da Justiça. 

O estudo revela que o CV está em 22 unidades da federação. No ano passado eram 21. “A facção expandiu sua atuação para Espírito Santo, Pernambuco, Amapá. Distrito Federal e Sergipe, que haviam reportado a presença do CV no último levantamento, afirmam que não há mais registros da facção em seus territórios”. 

Curiosamente, não alcançou ainda o Rio Grande do Norte. Os estados onde tem presença são: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.

Conforme a Folha, o “PCC, por sua vez, passou a estar presente em 24 estados, um aumento em relação aos 23 estados observados em 2023. A presença da facção foi constata- da também na Bahia e no Amapá enquanto o DF diz não mais registrá-la na região”.

Além do RN, atua em presídios do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Leque 

Em dezembro de 2023, a Folha revelou o mapeamento das facções no sistema prisional, “quando foram apontadas 70 organizações criminosas” nas penitenciárias.

Detalha o jornal: 

- Ao todo, de 2022 a 2024, o Ministério da Justiça conseguiu mapear 88 facções diferentes no sis- tema prisional. Em 2022, foram identificadas 58 organizações criminosas, número que aumentou para 70 no ano seguinte. Neste ano, as unidades da federação apontaram que há 65 facções atuando no sistema prisional de todo o país. Vale ressaltar que o levantamento se baseia em informações fornecidas pelos estados à Senappen, o que pode explicar as variações nos dados aos longo dos anos.

- No país, há um déficit de mais de 162 mil vagas nos presídios estaduais, que reúnem 644 mil presos. Sétimo país em núme- ro de habitantes, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo.

Autor(a): BZN