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Dia dos Pais: sociedade entre pai e filhos é primeiro passo para sucessão familiar natural

05 AGO 2024

Foto: Divulgação

Umas das principais preocupações de um empresário, em determinado período da vida, é saber como vão estar os seus negócios no futuro. A grande dúvida é se os filhos vão querer seguir a mesma trajetória e dar continuidade ao legado, com a chamada sucessão familiar. Em alguns casos, dá certo. Em outros, não. A diferença pode estar no processo. O empresário Gilvan Trigueiro Júnior, fundador do grupo G.Trigueiro, é um exemplo de sucesso nesse quesito. A empresa, que oferece diversas soluções corporativas, chegou aos 35 anos em Natal fortalecida pela presença dos filhos, Gilvan Neto e Beatriz Trigueiro, que se tornaram sócios do pai. 

O empresário confessa que sempre teve o desejo de ver os filhos seguindo a mesma trajetória dele. “Eu sempre gostei de comandar uma empresa. E eu imaginei que se era algo bom pra mim, poderia ser também para os meus filhos”, disse. 

Ele conta que o processo aconteceu de forma natural, sem pressões. Gilvan Neto e Beatriz sempre frequentaram o ambiente do trabalho do pai, desde pequenos. O filho, hoje com 31 anos, é o diretor comercial do grupo, e ainda guarda no celular o registro de um crachá antigo da empresa, com uma foto da época de criança. Já Beatriz, aos 27 anos, é a atual gerente de gente e gestão e sucesso do cliente e recorda os momentos em que passou por diferentes experiências. 

“Nós vivemos todos os setores da empresa para saber como eles funcionavam, conhecemos todo o processo. Lembro que já vendi celular no balcão. Não existia essa questão de ser filha do dono. Isso foi muito importante pra gente”, revelou Beatriz. “Eu sempre ia com meu pai visitar os clientes ou ficava na empresa consertando os computadores. Foi um estímulo natural e uma época de muito aprendizado”, completou Gilvan Neto. 

Para o fundador do grupo, um dos grandes diferenciais para que a sucessão tenha dado certo está no fato de que os filhos entraram para a empresa como sócios. “Hoje eles têm uma responsabilidade muito grande, talvez maior do que a minha, porque eu já dei a minha contribuição pra gente chegar até aqui. Essa preocupação agora é deles, de como vai ser a empresa no futuro. Eles já contribuem com muitas ideias e projetos, com novos produtos, novos procedimentos”, explicou. 

Gilvan Trigueiro ainda elencou outros fatores importantes. “Primeiro, é a união da família. Minha esposa também faz parte da empresa como diretora financeira. Segundo, é ter um negócio organizado. E o terceiro, é a preservação do seu patrimônio, porque, como você vai passar para os seus filhos um negócio cheio de dívidas, com problemas? O processo também é exitoso por causa disso”, assegurou. 

Para os filhos, o pai é uma grande inspiração. Além da veia empreendedora, eles enxergam outras qualidades, que também são reproduzidas no comando e nas decisões do grupo. 

“Trabalhar com honestidade. Eu vi sempre isso no meu pai, de cumprir o combinado, de oferecer para o cliente o nosso compromisso de entregar o melhor. Passou a ser um valor nosso também”, disse Gilvan Neto. 

“Eu acho que um ponto que ele tem forte é essa parte do otimismo, de trazer energia para os negócios, a ideia de colocar energia naquilo e fazer acontecer. A resiliência também, de superar os desafios e fazer melhor. Isso nos inspira bastante”, relatou Beatriz.

Autor(a): BZN



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