Política

Documentário do MPF5 sobre acolhimento aos migrantes e refugiados ganha prêmio nacional. Na direção institucional, o potiguar Marcelo Alves

26 OUT 2021

O documentário “Vindas e Vidas”, que narra a acolhida dos migrantes e refugiados venezuelanos em Pernambuco, venceu o 1º lugar na categoria ‘Dcumentário’ e o 2º lugar no Grande Prêmio da 19ª Edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça.

A obra é resultado de uma parceria entre o Ministério Público Federal (MPF) na 5ª Região, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2.

Ao todo, 209 práticas de comunicação do Sistema de Justiça brasileiro foram apresentadas ao prêmio e 37 delas chegaram à final, em 12 categorias. É todos os trabalhos finalistas das categorias disputaram juntos o Grande Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. Para essa premiação especial foram selecionados os três melhores projetos por um júri técnico e outro popular. “Vindas e Vidas” foi um dos três escolhidos, conquistando o segundo lugar geral. O primeiro colocado foi o trabalho “Recomeço Brumadinho”, da Adep/MG, e o terceiro, “Nossa Querida Bia”, da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA).

Procurador-chefe substituto do MPF na 5ª Região, o potiguar Marcelo Alves Dias de Souza é diretor institucional do projeto. “O acolhimento aos migrantes é um tema fundamental para todos os países e povos. Se já o era antes da pandemia, agora, quando os problemas sanitários, sociais e econômicos só se avolumam, o é ainda mais. O nosso documentário tem o grande mérito de nos fazer refletir sobre isso”, diz sobre a iniciativa.

Filme

Vindas e Vidas relata o drama dos refugiados a partir da história de quatro famílias venezuelanas que deixaram o seu país por conta da crise econômica e humanitária e entraram no Brasil pela fronteira com Roraima. Três das famílias entrevistadas chegaram a Pernambuco por meio do Programa de Interiorização Voluntária (Pana), que faz parte da Operação Acolhida, organizada, em 2018, para receber os migrantes que chegavam ao país diariamente.

A partir da narrativa dos personagens e das autoridades ouvidas, é possível desmistificar alguns preconceitos, como o de que os refugiados são migrantes econômicos ou de que saíram do país de origem por opção. Além disso, a obra esclarece que a própria Constituição Federal não estabelece distinção entre brasileiros e estrangeiros residentes no país, e que todos devem ter os direitos fundamentais e humanos garantidos.

Produção

Gravado no primeiro semestre de 2019, o documentário contou com o esforço das equipes de comunicação das instituições envolvidas e com o apoio de voluntários. A trilha sonora foi composta exclusivamente para a obra pelo acordeonista austríaco Stefan Matl e foi gravada, mixada e masterizada pelo Estúdio Núcleo Beat, sem custo para as instituições parceiras. Com informações do MPF5.

Autor(a): Eliana Lima



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