Política

Economista Mendonça de Barros diz que política monetária do Brasil “virou zona”

08 FEV 2023

Foto: Mendonça de Barros - Twitter

O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-diretor estatutário do Banco Central do Brasil, chefiando a área de mercado de capitais, usou o Twitter para abordar sobre as críticas que o presidente Lula da Silva tem feito ao Banco Central e à taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75%.


Considera que as salivas do petista não ajudam o país neste momento, tensionam o mercado e geram efeitos contrários na economia, que podem acarretar no aumento da taxa de juros, além do risco de inchar mais ainda a inflação.


Sobre a declaração do senador Randolfe Fernandes (Rede-AP) de que “nosso objetivo é chegar ao final do ano com taxa de juros de 8% ou7%”, escreveu Mendonça de Barros:


- Um senador da esquerda, líder do governo no senado, fixando a taxa Selic para o fim do ano? virou zona mesmo.


Também alfinetou as contradições do ministro Fernando Haddad (Economia):


- As duas faces de haddad: Haddad ataca taxa de juros em reunião com Lula e parlamentares / Ministro da Fazenda, Fernando Haddad critiou os juros altos no Brasil em reunião com Lula e lideranças políticas no Palácio do Planalto.


Sobre declaração de senadores de que ‘não há clima’ para destituir Campos Neto do BC, apesar de criticarem juros alto, e que convocarão o presidente do banco para explicar taxa Selic a 13,75% ao ano, considerou o economista:


- Em uma democracia madura é assim que se faz.


Em tempo


O presidente do BC, Roberto Campos Neto, reagiu às críticas de Lula:


- Quanto mais independente, mais eficaz.


Em tempo 2


Mendonça de Barros foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso.


Autor(a): Eliana Lima



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