22 JUL 2024
Uma embarcação que transportava hélices de torres eólicas bateu na Ponte Newton Navarro, em Natal, na tarde desta segunda-feira (22), mas já está atracada no porto. A Capitania dos Portos avalia sobre impactos, tanto na embarcação quanto na ponte.
Pois bem!
Novamente insisto na ausência de pilares de proteção, os chamados dolfins, na Ponte Newton Navarro. Os pilares protegem o equipamento de possíveis colisões de navios.
Desde a construção da ponte, quando eu assinava coluna n’O Jornal de Hoje, que cobro a construção dos dolfins. Continuei quando passei a assinar coluna na Tribuna do Norte.
Estava sempre questionando o governo estadual, a Marinha, ao Ministério Público. As promessas de construção foram muitas. Até hoje, nada. Lá se vão 19 anos. As obras da ponte começaram oficialmente no dia 24 de outubro de 2004. Foi inaugurada na manhã do dia 21 de novembro de 2007. E nada dos dolfins.
Diante da ausência dos dolfins e o risco para a estrutura da ponte e para os transeuntes, o Ministério Público Estadual (MPE) condenou o governo e a Prefeitura de Natal pela não realização das adequações estruturantes, a Justiça determinou, mas não foi obedecida.
A pesquisa “Risco de desastre tecnológico na Ponte Newton Navarro, Natal – RN, Brasil”, realizada em 2021, detalha bem a ausência dos pilares submersos de proteção e os riscos iminentes.
Para o trabalho, os autores fizeram visitas in loco, com o suporte da Marinha do Brasil, para verificar os pilares da ponte.
Atentam que no “Brasil foram registrados diversos casos de colisões de embarcações em pilares de pontes, como exemplo tem-se a colisão recente de uma embarcação nas mesoestruturas da ponte sobre o Rio Moju no Pará em 2019”.
A Companhia Docas do Rio Grande do Norte - Codern conta com a possibilidade da construção de "dolfins" na ponte. Mas, apenas papel. Até agora.
Ilustrações inseridas na pesquisa (abaixo do vídeo:
Autor(a): BZN