16 ABR 2021
Diretora de redação do portal de notícias Metrópoles, a jornalista Lilian Tahan entrevistou o ministro potiguar Fábio Faria (Comunicações).
Sobre a CPI da Covid-19, considera que será “uma prévia” da disputa eleitoral de 2022 e que o governo federal está “tranquilo” diante das investigações e que a “inclusão de estados e municípios” possibilitará observar o que “cada um fez, se alguém teve culpa, se houve desvio”.
Criticou:
Hospitais de campanha foram abertos, por exemplo, em vários lugares por causa desses recursos. E foram fechados porque os governadores não acreditavam em uma segunda onda. Isso não é uma omissão? Já imaginou se fosse o Bolsonaro que tivesse fechado todos os hospitais de campanha do Brasil? [Chamariam] Bolsonaro de assassino, genocida”.
Lula Livre
Sobre a decisão do STF de anular as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato e o tornar elegível, discorreu que não é “uma novidade para Bolsonaro ter o PT e o Lula na disputa”. Reconhece que Lula atrai muitos votos, mas também o acompanha a rejeição. Contou que várias pessoas, preocupadas com a volta de Lula candidato, querem que Bolsonaro intensifique ações para não existir risco da volta do petista. Assim, acredita que Lula no cenário é também “um lado que ajuda o presidente Bolsonaro”.
Entende que a presença presença de Lula no debate “matou o centro”. Dessa forma não vê possibilidade de um candidato de centro entrar na disputa para presidente. “Com Lula e Bolsonaro vai ser um Fla-Flu eleitoral. A gente vai ter uma campanha com muita paixão e ódio”, avaliou. E tascou: “E Bolsonaro é favorito”.
O ministro avalia que as recentes pesquisas estão comprometidas por “uma cortina de fumaça” devido à pandemia de covid.
Dória na disputa presidencial
Fábio Faria diz que o governador tucano “quer ser candidato a presidente porque sabe que ele não ganha em São Paulo”. Assim, “já que ele vai perder, é melhor perder sendo candidato à Presidência da República”, analisa.
Entrevista completa
Autor(a): Eliana Lima