10 OUT 2024
No dia 13 de outubro é celebrado o Dia do Fisioterapeuta, uma data para refletir sobre o papel essencial desses profissionais na promoção da saúde, recuperação e qualidade de vida das pessoas. Mais do que um profissional que aplica terapias, o fisioterapeuta hoje é um especialista fundamental no diagnóstico e tratamento de disfunções que afetam o funcionamento do corpo humano, além de ser uma referência na prevenção de lesões e no manejo de dores crônicas.
A fisioterapia evoluiu com o tempo, deixando de ser apenas uma coadjuvante no tratamento de doenças, para se consolidar como uma especialidade independente e altamente eficaz. Com métodos baseados em evidências, os fisioterapeutas são capazes de diagnosticar alterações na funcionalidade do corpo, ou seja, disfunções que comprometem os sistemas musculoesquelético e neuromotor. O diagnóstico cinético-funcional — método que avalia a dinâmica dos movimentos do corpo — é uma das ferramentas mais poderosas na prevenção e recuperação de lesões, dor e incapacidade física.
Diferente dos médicos, que diagnosticam doenças específicas, o fisioterapeuta atua identificando e tratando as disfunções com base em sua movimentação e na dinâmica das estruturas do corpo. Segundo o fisioterapeuta Jorge Ivan Nogueira, fundador do Centro Vitta, “o fisioterapeuta não faz diagnóstico de doenças, mas sim de alterações funcionais que podem ser as causas de dor e incapacidade. Quando suspeitamos que o problema do paciente envolva uma doença, encaminhamos para o especialista adequado.”
Entre os métodos mais usados no diagnóstico e tratamento de disfunções musculoesqueléticas estão a Osteopatia, o Método Maitland e o Método McKenzie. Este último é especialmente eficaz no tratamento de dores mecânicas, que variam conforme os movimentos do corpo e são comuns em problemas de coluna, pescoço e extremidades.
Dor crônica é enfoque
A atuação do fisioterapeuta vai além da simples aplicação de técnicas terapêuticas. Para problemas como a dor crônica — que afeta mais de 60 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor — a educação do paciente é um pilar fundamental. Com mais de uma década de experiência no tratamento de dor crônica, Kelly Gama, fisioterapeuta e fundadora do Centro Vitta, destaca a importância de entender a dor como um processo que envolve tanto o corpo quanto a mente.
A dor crônica é caracterizada pela persistência por mais de três meses, afetando não apenas o físico, mas também a saúde emocional e psicológica. Nesse contexto, a fisioterapia oferece estratégias ativas de tratamento, como exercícios controlados, técnicas de relaxamento e métodos educacionais que visam reeducar o corpo e ajudar o paciente a gerenciar os sintomas. "Receber educação sobre o que está acontecendo com o corpo e os fatores que influenciam a dor é essencial para promover mudanças de comportamento e obter resultados positivos no tratamento", explica Kelly Gama.
Além de técnicas e métodos especializados, a fisioterapia atua de maneira personalizada e humanizada. Como alerta Jorge Ivan Nogueira, "é fundamental que o fisioterapeuta faça uma anamnese detalhada, exame físico e interpretação de exames complementares. Isso evita tratamentos genéricos e aumenta as chances de recuperação."
Autor(a): BZN