19 SET 2025
O Colégio Ágora, em Natal, é fruto de uma tradição familiar de 55 anos. A escola, hoje comandada por Monique Guedes, neta da fundadora, planeja completar um ciclo escolar e aderir a uma nova estrutura física em 2026. A instituição ofertará desde a educação infantil até a turma pré-vestibular pela primeira vez e mudará de endereço. A meta é se tornar referência em alta performance educacional, ao mesmo tempo em que oferece uma mensalidade acessível.
Quem conta essas novidades é a orgulhosa neta de Ivonete Guedes, que fundou o colégio há mais de cinco décadas, em Cidade da Esperança. No bairro de Lagoa Nova, o Ágora começou a ser liderado por Monique em 2019. De lá para cá, a diretora cita uma série de avanços e de planos para o futuro da instituição.
Desde que assumiu a gestão, Monique implementou mudanças com o objetivo de reposicionar o colégio no mercado da educação potiguar. “Quando assumi, em 2019, a gente só oferecia até o 5º ano. No meu primeiro ano de gestão, começamos a trazer as outras séries”, recorda. O ciclo da educação básica será concluído em 2026, com a primeira turma de pré-vestibular.
Nesse período, o colégio não apenas dobrou o número de alunos, como também implementou um programa bilíngue em todos os níveis de ensino. Entre suas referências, ela cita a avó Ivonete Guedes e a sua base cristã.
O crescimento da instituição, segundo a gestora, reflete uma filosofia pedagógica focada no indivíduo. “Tenho muito orgulho de falar do trabalho pedagógico que a gente desenvolve. É algo de muito potencial, desenvolvido com muito amor e muito detalhe. Aqui, o aluno não é mais um número, ele não é uma matrícula. A gente trata a família muito no individual, muito de perto”, destaca.
Em 2026, o colégio passará de uma rua residencial para o cruzamento de duas grandes avenidas da capital potiguar: a Nascimento de Castro e a Jaguarari. A partir do próximo ano, o colégio funcionará no antigo prédio da Universidade Potiguar. Monique descreve o novo prédio como um “novo capítulo” da história do Colégio Ágora.
Um legado familiar
A trajetória de Monique na educação começou como um chamado familiar. Herdeira de um legado iniciado por sua avó, ela atuou por 12 anos na área do Direito Público antes de aceitar o convite para liderar a escola. “Eu encaro essa gestão como uma missão de vida. Eu amo estar aqui”.
“Quando a gente faz algo por amor e por prazer, o resultado sempre é diferente”, afirma. Ela, que é formada em Direito, diz que o curso contribuiu para seu “espírito de liderança”, mas atribui o sucesso da gestão ao amor pela educação.
Crescida em meio às rotinas da escola fundada pela avó, Monique confessa que, inicialmente, não se via nesse papel. “Eu nasci e me criei dentro da escola. Era algo que eu não desejava pra mim, pois via que a escola consumia todo mundo, 24 horas”, conta. “Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal, Ano Novo, sábado, domingo, feriado… Onde a família se reunia, o assunto era sempre escola”.
No entanto, a experiência na gestão mudou sua perspectiva. “Eu digo que o bichinho da educação me picou e por aqui eu me apaixonei. Sou muito feliz dentro da educação e dentro da escola”. Após sua experiência na advocacia, que por dois anos foi conciliada com a educação, ela passou a se dedicar integralmente ao colégio.
Para o futuro, além da nova estrutura física que trará maior visibilidade, Monique celebra a mentoria do educador Paulo de Paula, uma referência em educação no estado. A parceria, segundo ela, trouxe “a força, a coragem e a perspectiva do sucesso” para consolidar o projeto.
“Em 2026, nossa maior expectativa é unir a nova estrutura física a um novo posicionamento. A ideia é que a gente se posicione como uma escola de alta performance, oferecendo uma educação de excelência, com profissionais de excelência, mas com um ticket médio de mensalidade acessível”, diz.
Autor(a): Fernando Azevêdo