Política

Omar Aziz é eleito presidente da CPI da Covid e indica Renan Calheiros para relator. O que pesa sobre Aziz

27 ABR 2021

Foto: Bruno Elander/ABr

Líder do PSD no Senador, Omar Aziz, do Maranhão, foi eleito hoje (27) por 8 dos 11 votos para presidir da CPI da Pandemia, mais conhecida como CPI da Covid.

Eduardo Girão (Podemos-CE), que disputava a presidência da CPI, teve quatro votos.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que protocolou o pedido de criação da comissão, foi eleito vice-presidente. 

Renan Calheiros (MDB-AL), que ontem (26) foi impedido pela Justiça Federal do DF de assumir a relatoria da comissão, foi liberado nesta terça-feira pelo TRF1, que derrubou a liminar deferida pelo juiz Charles Renaud.

Mesmo que não fosse, tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), quanto Aziz afirmaram que não obedeceriam a decisão do magistrado. 

Também fazem parte da comissão: Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO), Otto Alencar (BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Suplentes: Jáder Barbalho (MDB-PA), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Ângelo Coronel (BA), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Zequinha Marinho (PSC-PA).

Em tempo

Em julho de 2019, o senador Omar Aziz (PSD) foi alvo da Operação Vertex, quinta fase da Operação Maus Caminhos, deflagrada pela Polícia Federal (PF), ao lado da ex-primeira-dama Nejmi Aziz e de três irmãos do político: Murad, Mansour e Amin Aziz, que foram presos temporariamente. 

Com o foro privilegiado, o senador não pode ser preso, mas ficou impedido pela Justiça de se comunicar com os outros investigados e nem pode viajar para fora do Brasil. 

Na época, a Justiça expediu 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas que totalizam R$ 92,5 milhões, mais sete mandados de sequestro de bens móveis e imóveis.

A investigação foi desmembrada pelo STF da Operação Maus Caminhos porque fatos investigados pela PF no Amazonas são de quando Aziz era governador do estado.

Lupas de investigação apontaram que uma das formas de pagamento de propina identificada foi o repasse de veículos de luxo em nome de empresas para uso exclusivo dos familiares do hoje senador, que está no segundo mandato. 

A Operação Maus Caminhos chegou a danos que superam R$ 100, 7 milhões aos cofres públicos no Amazonas, a partir de esquema "de desvio de verbas da saúde no Estado para pagamento de propina a políticos, secretários e empresários, além de lavagem de dinheiro", disse a PF na época.

Autor(a): Eliana Lima



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