29 ABR 2025
Pagamentos fracionados feitos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) a empresas de buffet, agências de viagens e prestadores de serviços diversos estão na mira da Polícia Federal. Segundo o Estadão, a entidade é apontada como uma das principais beneficiárias do esquema investigado na operação Sem Desconto, que apura fraudes em descontos indevidos sobre aposentadorias e pensões do INSS. O montante desviado pode chegar a R$ 2 bilhões.
Conforme o jornal, em sua matéria de capa desta terça-feira (29), a PF suspeita que os repasses fracionados foram usados para burlar sistemas de controle e disfarçar o real destino dos recursos públicos. A investigação também revelou contratos com aparência regular, mas com indícios de superfaturamento e prestação de serviços sem comprovação.
Deflagrada neste abril vermelho, a operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo. Três pessoas foram presas. Segundo a PF, até agora foram recuperados cerca de R$ 1 bilhão em bens e valores.
A Contag nega as irregularidades e afirma estar colaborando com as investigações. Ao todo, 11 entidades estão formalmente investigadas, mas o número de envolvidas pode ultrapassar 20.
Autor(a): BZN