Saúde

Tratamento para depressão com ketamina aumenta em clínicas privadas de Portugal

16 JUL 2023

Foto: Chemiesa

A CNN Portugal publicou matéria sobre o uso de ketamina em tratamento para depressão resistente. Segundo a emissora, no último ano e meio, várias clínicas privadas aderiram ao tratamento em Portugal. A primeira foi a Liminal Minds, inaugurada em janeiro de 2022”.


Ao canal, o psiquiatra João Costa Ribeiro, responsável pela introdução deste tipo de tratamento no SNS e cofundador da Liminal Minds, disse que já submeteu mais de 80 pacientes a esse tipo de viagens psicodélicas, e que, no total, já são “mais de 500 sessões e mais de mais de mil horas de experiência acumulada”.


De acordo com o médico, o paciente mais antigo é acompanhado há mais de um ano com sessões de manutenção e periodicidade de dois meses: "O paciente respondeu muito bem e faz algumas sessões de manutenção. Tem estado muito bem".


Segundo o psiquiatra, além da Liminal Minds, a Clínica Hugo Madeira, em Lisboa, também está disponibilizando o tratamento, mais uma outra no Algarve, e agora a The Clinic of Change, que abriu portas esta semana em Lisboa.


A primeira vez que se usou em Portugal a ketamina para combater a depressão resistente foi em 2021, num projeto-piloto no Hospital Beatriz Ângelo, coordenado exatamente por João Costa Ribeiro.


O médico diz que a terapia, que era exclusiva do Hospital de Loures, já está sendo “replicada noutras unidades do Serviço Nacional de Saúde, pelo Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o tratamento também já foi aprovado pelos hospitais São João e Magalhães Lemos, no Porto”.


O tratamento é feito em duas sessões de preparação, quatro sessões com ketamina, quatro de integração e a reavaliação.


A ketamina é “um poderoso anestésico que em baixas doses provocar viagens psicodélicas”. Começa com consulta de avaliação com um psiquiatra, onde se define se o paciente é ou não elegível para o tratamento com auxílio do medicamento. “Em regra-geral, apenas cumprem os requisitos pessoas com depressão resistente à medicação e que não apresentem um quadro clínico de estados alterações de perceção da realidade; há exceções mas são analisadas caso a caso”, detalha. 

Autor(a): BZN



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