03 FEV 2023
Viraliza na internet a confusão em que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder de Lula no Congresso, entra em confusão com o youtuber Wilker Leão, nessa quinta-feira (2), nos corredores do Senado.
As informações, entretanto, ficam em suposições, porque o vídeo não aparece o momento da pergunta do youtuber. Surge agora com a postagem de Wilker no YouTube (vídeo abaixo).
Ele questiona Randolfe sobre um projeto lei do parlamentar que “criminaliza o assédio político”, como o que o youtuber faz no caso.
Irritado, o senador toma o aparelho celular de Wilker, que é afastado por seguranças. Além de perder o celular, teve também a pulseira do relógio quebrada no momento da confusão.
Acionada, a Polícia do Senado algemou Wilker, segundo ele no post do YouTube, e o levou para prestar depoimento. Nas redes sociais, ele escreveu: "Acabo de sair da Polícia do Senado após o Sen. @randolfeap roubar o meu celular e sair impune para o seu gabinete. O questionei numa boa e ele me responde com o cometimento de crime. Da prisão em flagrante o foro o livrou, mas espero que a corregedoria e a PF não".
Pois bem
Wilker, que se identifica nas redes sociais como advogado e ex-cabo do Exército, refere-se à proposta de Randolfe Rodrigues, apresentada em novembro de 2022, que trata de “assédio ideológico”.
Ato esse, segundo o senador, que se consuma quando alguém “assedia” outra pessoa, publicamente, de forma violenta ou humilhante, por inconformismo político, partidário ou ideológico.
Argumenta que a “defesa e a preservação da democracia pressupõem o zelo por um ambiente de diálogo democrático livre de violências e discriminações. É preciso que se assegure o direito à pluralidade política e ao diálogo republicano”.
Caso o PL seja aprovado, a pena será de prisão por até quatro anos, mais multa, com valor ainda não informado.
Em tempo
Wilker Leão é o mesmo que em agosto passado xingou o então presidente Jair Bolsonaro de “vagabundo”, “safado”, “covarde” e “tchutchuca do Centrão”, após cair no chão (não é possível atestar no vídeo quem o empurrou e nem o motivo) e de puxado pela gola da camisa por Bolsonaro.
Morador do Distrito Federal, costumava abordar políticos e apoiadores de Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada. Depois, publicava os vídeos em suas redes sociais.
Autor(a): Eliana Lima